domingo, 5 de dezembro de 2010

(Turquia) Dia 02: Palácio Topkapi e os sultões

Embora tenha dormido cedo na noite anterior, acordei tarde. Talvez pelo cansaço da viagem ou talvez jet lag, fato é que dormi 10h direto (bem mais do que estou acostumado). Praticamente pulamos o café da manhã: apenas 1 xicara de chá e apanhamos algumas frutas secas para comer na rua.

Quando saíamos, o recepcionista nos informou que muitas das atrações turísticas de Istambul fecham aos domingos. Mas o Palácio Topkapi é uma das exceções e, convenientemente, ele está há 1 quadra do hotel!

Palácio TopkapiEm 5min estávamos na frente do palácio (que mal pode ser visto da rua, pois fica em uma colina) e, mesmo com dia frio (como deveria ser, afinal, é inverno!) as filas na bilheteria já eram grandes. As excursões abarrotavam todos os lugares e uma chuva inconveniente espreitava. Mas nada disso faria frente à opulência e suntuosidade que o palácio e o harém reservavam (foto).

O Palácio Topkapi (Topkapı Sarayı, em turco) foi construído em 1459 pelo Sultão Mehmed II, o conquistador de Constantinopla. Atualmente, depois de ter sido a residência dos sultões por 400 anos, o palácio é uma das maiores atrações turísticas da cidade, guarda inúmeras relíquias sagradas para os muçulmanos e é Patrimônio da Humanidade da UNESCO devido à sua arquitetura única e relevância histórica cultural.

Apesar da notória falta de educação dos turistas asiáticos (sem generalizações mas, infelizmente, foi o que presenciei) que empurravam todas as pessoas para tirar fotos, e da chuva fina e incessante que caiu durante toda a manhã, visitamos todas as 6 áreas do palácio (incluindo o harém) em 5h, já contabilizando o tempo gasto nas filas.

Quando saímos fomos direto almoçar. Sem muito critério por causa da fome, comemos no primeiro lugar que encontramos. Erro grave! O kebak de carneiro e a salada mista que pedimos não tinham nada de impressionante. Depois de dominar a fome mas ainda insatisfeitos, saímos em busca dos famosos doces turcos. Há docerias em todos os lugares e nenhuma delas é menos do que excelente! Na dúvida, opte pela receita mais tradicional possível (que na Turquia costuma ser massa folhada com pistache e variações): Baklava.

Depois dos doces, seguimos a melhor das referências em Sultanahmet – os trilhos do bonde – até chegar ao Gran Bazaar, que infelizmente também fecha aos domingos. Mas a ida ao bazar tinha propósito não turístico: eu precisava comprar uma blusa de frio que realmente me aquecesse no calor de 10°C que fez durante o dia (e certamente estaria pior à noite), pois esqueci a minha blusa no Brasil. Mas felizmente comerciante é igual em todo lugar do mundo e, nos dias em que o Gran Bazaar não abre, uma legião de ambulantes se instala nos arredores. Comprei uma blusa de lã básica, mas não “descartável” e um par de luvas honestas por módicos 25 TL (ou liras turcas: a moeda corrente), que me salvariam do frio cortante não apenas dessa noite, mas durante toda a viagem.

Voltamos ao albergue, tomamos banho e saímos novamente. Fui comer um Dönner Kebab de rua, em uma carrocinha na esquina do albergue, que tinha me hipnotizado anteriormente: delicioso (como toda comida de rua)!

Como ainda era cedo, passamos em Sultanahmet Parkı (a praça onde cheguei em Istambul) para tirar algumas fotos e fomos procurar um local aquecido para relaxar, tomar chá e fumar narguile. Seguimos novamente os trilhos do bonde (em sentido oposto ao Gran Bazaar) e paramos no primeiro local com almofadas confortáveis e aquecedores. Em meio à fumaça perfumada do narguilé, goles de chá fumegante e conversa com os garçons empolgados com os turistas da terra do futebol, descobrimos que o çay (pronuncia-se “tchai”) cujo aroma está presente em todos ambientes fechados (os turcos tomam-no a toda hora) é chá preto cultivado na região do Mar Negro, servido em elegantes copos de vidro trabalhado, sempre com açúcar em tablete. Ficamos 3h lá conversando entre nós, e com eventuais estranhos que vinham nos parabenizar (erroneamente) pela lua-de-mel.

Voltamos ao albergue as 23h30 e vimos que o quarto já tinha 6 outros hóspedes. Ainda assim, dormir depois de um dia cheio foi praticamente instantâneo.

Informações locais:
  • Palácio Topkapi: Cankurtaran Mh., 34122. Aberto de 9h a 17h, exceto 3a-feira. Entrada 20TL/pessoa. Entrada para o Harém (dentro do palácio) mais 15LT/pessoa. Audio Guide 15LT/pessoa, disponível em vários idiomas (mas não em português). Não é permitido fotografar a maioria das áreas internas, tanto do Palácio Topkapi quando do Harém.
DICAS:
  • O Audio Guide (fones de ouvido com explicações sobre os locais visitados) é indispensável para o palácio Topkapi, mas pode ser facilmente compartilhado.
  • Pechinche em tudo que for comprar, sem ressalva ou vergonhas! Comece oferecendo 1/3 do valor cobrado, e recuse pagar mais do que metade. Os preços cobrados já pressupõe que a barganha será intensa.
Quem estava:
Picasaweb + fotos


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